Fala-se muito de amor por estes dias, quando o romantismo perdeu o sentido para as redes sociais, a superficialidade e o individualismo. Talvez seja porque o amor é como uma espada de dois gumes, onde numa ponta está a satisfação plena e na outra o sofrimento.
Mas segundo a psicologia isto começa bem cedo, na relação com os pais onde os adultos tendem a recriar relações afectivas com base nas que tiveram com um dos progenitores. De uma forma totalmente inconsciente, dizem. Poucos têm consciência desse facto e os que têm, tentam reverter a situação a seu favor, porque sabem que numa era onde a economia é uma balança desgovernada, o tempo disponível parece ter desaparecido e as horas dedicadas a empregos mal pagos tomam contam da nossa vida, os afectos parecem ser a única fonte de equilíbrio e todo o investimento que permita viver relações saudáveis parece fazer sentido. Afectos da família, dos amigos, afectos românticos, são as pedras basilares de quem quer sobreviver nesta era tecnológico-individual-narcisisto-psico-socio-dependente.
E já dizia Charlie Chaplin que não precisamos de máquinas, mas sim de humanidade, não precisamos de mais inteligência e sim de mais afecto e doçura. É isso que nos dá a força necessária para enfrentar o mundo, tomar rédeas da nossa vida e querer fazer mais e melhor. Não é o emprego, nem o dinheiro, nem o estatuto, nem o carro ou a casa e nem o somatório de parceiros sexuais ou as relações superficiais. É o amor, a emoção, é a entrega, é o prazer que dá ver alguém que amamos feliz, é a partilha... é tudo o que nos aquece e nos faz sentir os mais importantes, os mais felizes, os mais realizados. E claro que é fundamental sermos realizados profissionalmente, termos dinheiro suficiente para termos conforto e momentos de prazer, mas no fim de contas, o que interessa isso tudo se não tivermos com quem partilhar?
2 comentários:
:):):):):)
O AMOR...
A EMOÇÃO...
É o que nos faz manter bem vivossss...
MUITO AMOR CHOCOLATINHA:)
Belíssimo. Um texto muitíssimo bem escrito e que configura coisas simples mas das quais nos esquecemos. Muito bom, sim senhor :)
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