quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fórmula do Amor: Admiração, Confiança e Respeito


Transcrevo parte de um artigo da jornalista, escritora e consultora em relacionamentos Rosana Braga sobre o Amor. E como todas as formulas são válidas para o mais inquietante e desafiante dos sentimentos, nunca é de mais saber...

"Há alguns anos, ao conversar com uma amiga psicóloga – a Sandra Macedo – ela disse-me que um relacionamento só poderia dar certo se estivesse baseado em três sentimentos. Eu, obviamente, imaginei que o primeiro seria o amor e os outros, nem teriam tanta importância. Qual não foi a minha surpresa quando ela citou os três e o amor ficou de fora. Passei bastante tempo reflectindo sobre se concordava com o que ela havia dito e somente depois de alguns anos compreendi que, na verdade, aquela era a fórmula do amor. Ou seja, não é possível sentir e principalmente manter-se sentindo amor por uma pessoa caso não a admiremos, não a respeitemos nem confiemos nela!

Mas descobri que cada um de nós, quando usa essa fórmula, obtém o seu próprio resultado, dependendo também da combinação entre o que somos e o que o outro é! Isto é, eu posso confiar, admirar e respeitar um homem, mas nem por isso amá-lo como homem. Posso tê-lo apenas como amigo ou irmão. Mas quando acontece uma alquimia entre a química contida em dois corações, aí sim sentimos o amor pulsar e expandir nossa existência como uma espécie de magia (embora o amor não tenha nada de mágico e sim de sublime)!

Na verdade, o que quero dizer é que existem muitas pessoas que acreditam estar a viver o amor, quando na verdade estão a alimentar
algum outro tipo de sentimento muito aquém. Sentem-se tristes, desesperadas, perdidas, angustiadas e insistem em justificar todo esse pavor através da palavra amor... Sentem-se rejeitadas, desmerecidas e enganadas e, ainda assim, acreditam que amam...

Mas se essas pessoas parassem por um instante, se desprendessem desses sentimentos tão dolorosos e respondessem, sinceramente, três perguntinhas, talvez descobrissem e se espantassem com o facto de que não estão a viver o amor.

Faça o teste! Pense na pessoa que você acredita que ama. Pense na relação que têm e responda:

1 – você admira essa pessoa? Admira a forma de ela ser, o carácter, a personalidade, a maneira como ela encara a vida, as atitudes dela diante dos problemas, diante das alegrias, enfim, você admira a alma dessa pessoa?

2 – você confia nessa pessoa? Você acredita que pode contar com ela, pode confiar no que ela diz? Está certo de que ela faz o possível para cumprir com o que promete e está disposta a construir uma relação baseada na sinceridade e na verdade, por mais difícil que seja?

3 – você respeita essa pessoa? Considera o que ela pensa, o que ela sente e está disposta a aceitá-la, por mais diferente que ela possa ser de si? Você realmente consegue dar espaço para que ela seja como é, sem tentar o tempo todo fazer com que ela mude a sua maneira de ser, as suas opiniões e o seu comportamento?


É... talvez se surpreenda com suas próprias respostas. Talvez descubra que o que sente não é amor, mas capricho, falta de auto-estima, medo de ficar sozinho, conveniência, acomodação... Talvez você descubra que se acostumou com uma relação desgastante e cheia de desentendimentos, mas que nunca se questionou sobre o que realmente quer...

Muitas pessoas preferem acreditar que não têm sorte no amor ou que é preferível ficar numa relação má a ficar sozinho, mas na verdade estão apenas com medo de tentar, com medo de sair em busca de um amor intenso, com medo de se livrar de uma pessoa que só lhes faz mal e perder o lugar de vítima!

É bem mais fácil ter argumentos para justificar um amor que não deu certo do que se arriscar a encontrar uma pessoa maravilhosa, companheira, sincera e profunda e ter de lidar com seus próprios defeitos, com suas próprias inseguranças e culpas...


Pois eu sugiro que não aceite menos, não aceite pouco. Exija o melhor de você mesmo e do outro. Exija respeito, confiança e admiração. Sinta isso pela pessoa amada... Sinta isso, acima de tudo, por si mesmo! E se não puder, pare onde estiver e proponha-se a aprender e a preparar-se para o verdadeiro amor! Há Sempre tempo, mas não demore muito."


Rosana Braga in somos todos um

1 comentário:

Anónimo disse...

"O Amor é um estado Nascente, é uma experiencia, e quando é que temos essa experiencia? Antes de mais quando nos apaixonamos. Apaixonarmo-nos não é apenas sermos atraidos por uma pessoa, vê-la bela e desejavel. É uma mudança interior de todo o ser; vemos o amado diferente porque nos tornamos diferentes. A nossa sensibilidade centiplicou-se, as cores tornam-se luminosas, límpidos os sons. Pelo facto de o amarmos a ele(a), ao nosso amado(a, todas as outras pessoas nos surgem de outro modo. Antes de tudo mais Humanas. Enquanto até aí mal as vimos, agora conseguimos intuir os seus sentimentos, é como se nos tivessemos tornado capazes de nos pormos em comunicação com elas. Já não temos vontade de mentir. sobretudo com nós próprios e com o ser amado. Percorremos de novo, na recordação, a nossa vida e apercebemo-nos de que antes de termso encontrado quem amamos, esta vida era mesquinha, insípida. O ser amado não é a perfeição, vemos os seus defeitos. se é pequeno, ou magro, ou tem o nariz comprido, ou curto. mas todas essas coisas deixam de se tornar defeitos, porque conseguimos agora ver a sua essencialidade e o seu valor. os nossos olhos tornam-se capazes de descobrir a beleza ao ser tal como é. E se o amado nos diz sim, então somos felizes e gostariamos que o tempo parasse, e que todos os outros seres humanos fossem também felizes, e toda a humanidade e todo o universo a que nos sentimos unidos de modo íntimo e solidário." Francesco Alberoni

Bem aventurados os que Amam...