domingo, 22 de novembro de 2009

Não me mintas!

Na minha verdade (que é só minha e não é universal), numa relação saudável e cúmplice, não há espaço para omissões e muito menos mentiras… E quando se começa a mentir nunca mais se pára, uma mentira leva a outra e a outra e quando olhamos para o lado, estamos no meio de lixo tóxico e a nossa relação transformou-se numa central nuclear.

E quando damos por nós a TER de mentir… sim, compreendo que por vezes se tenha de mentir (TEM-PO-RA-RIA-MEN-TE), então a relação deixou de ser aquilo que precisamos, simplesmente porque para mentir deixamos de ser nós próprios e passamos a representar um papel: o papel de alguém que a outra pessoa quer que sejamos.

E somos felizes assim? Claro que não e o pior é que sabemos todos os dias que não somos felizes, sentimos todos os dias que não somos felizes e continuamos a deixar-nos consumir pelos dias como se a vida fosse infinita… como se tivéssemos todo o tempo do mundo para corrigir o que está errado… como se a nossa existência não tivesse valor nenhum… é aí que passamos a mentir também a nós.
E até somos boas pessoas, até pagamos os nossos impostos, até somos bons amigos, bons filhos... mas mentimos…e sabemos que algo está errado connosco porque nos sentimos mal, mas continuamos a mentir.


Se pudéssemos nesse momento, por a nossa vida em pausa , sair do nosso corpo e observar tudo de fora, veríamos que a verdade está lá bem à nossa frente (aquela que juramos a pés juntos que não conseguimos ver) e a verdade é só que temos de mudar o rumo do nosso caminho, que aquilo que nos alimentou já não nos satisfaz e que está na hora de partir. E uma vez chegada a esta triste e derradeira conclusão, por mais que custe (e não há duvidas que vai custar) temos mesmo de ir embora, por nós porque queremos sentir-nos felizes e pela outra pessoa porque merece estar livre para ter a oportunidade de conhecer alguém que não tenha a necessidade de mentir.

Sabes qual é o teu problema?
Nunca te mostras totalmente. Encostas-te nos cantos e jogas pelo seguro. Nunca deixas as pessoas verem quem realmente és mesmo que não te aprovem, é quem tu és. Não te valorizas.
Se queres grandes recompensas, tens de correr grandes riscos. Mas tens medo, por isso acabas sempre sem nada.

Nada deve afastar um homem do seu caminho.

1 comentário:

Anónimo disse...

"... podes "avançar" toda uma vida a mentir, mas nunca podes regressar dela..." não me recordo do nome do filme, mas é recente.Penso que há mentiras que poderemos considerar inocentes, porém os seus resultados podem não o ser.
Acredito plenamente em " Nada deve afastar um homem do seu caminho."