A arrogância é uma mosca na sopa. Quando aterra num simples caldo verde, de uma qualquer tasca suja, encolhe-se os ombros porque já seria de esperar. Mas por vezes as moscas também conspurcam o mais requintado creme da nouvelle cuisine. Nesses casos dá pena, por o desperdício ser tão grande.
Alimenta-se do inchaço do ego. Por elogio directo, indícios de reconhecimento externo ou interno, ou simplesmente por uma atitude fantasiosa. E assim, vai fechando as pessoas numa bolha ilusória, forrada de espelhos, daqueles que permitem ver numa direcção mas não na outra. Os arrogantes vêem constantemente o seu maravilhoso reflexo, enquanto quem está de fora vê como a bolha se vai descontextualizando na distracção do seu ocupante.
A arrogância combate-se com o seu oposto, a humildade. É preciso por os pés na terra de vez em quando. Lembrarmo-nos que todas as pessoas são astros-rei e não satélites atraídos pelos nossos lindos olhos, talento ou estatuto. Ando sempre com um alfinete na carteira, não vá o diabo tecê-las e atirar-me para dentro de uma bolha de espelhos.
Adorei a forma como a Gi caracterizou a arrogância. Cliquem em cima do texto, para ver o post da Gi.
1 comentário:
Obrigada pela honra! :) Já agora, sei que já o disse, mas adoro mesmo a tua banda sonora! beijoquinhas
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