terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Friends


Ontem quando estava a fazer o jantar para as minhas sobrinhas, tocou o telemóvel e eu li no visor o nome do V., que é um amigo de adolescência que não me ligava há uns... 10 anos. O facto de termos o número um do outro deveu-se a um dos raros encontros ocasionais. Atendi e depois de se desculpar por aquele estranho telefonema, disse-me que tinha de me contar uma coisa (comecei a sentir o coração a bater mais depressa e só me passava pela cabeça que algum dos nossos amigos tinha morrido) até que me contou e quase me saiu um ainda bem, apesar de a vida dele ter dado uma reviravolta inesperada.
Acabei por me juntar a ele e outros dois amigos da altura e a par do consolo, rimos muito graças ás nossas aventuras de adolescentes. O V. era o meu melhor amigo, confidente, protector e companheiro das primeiras saídas à noite. Corremos os bares todos do Porto, as discotecas da moda na altura e eu só saía à noite porque estava acompanhada por ele e os meus pais depositavam total confiança na sua responsabilidade.
Lembramo-nos do episódio em que eu tentei pentear o cabelo com uma daquelas escovas eléctricas de enrolar e fiquei com ela presa nos caracóis e tive de o chamar para me salvar. Era ver-me a mim deitada no chão e ele com o rolo da massa a partir a escova para a tirar. (Pena não estar documentado em imagens) ou das vezes em que íamos ao café e eles se lembravam de tocar às campainhas e desatar a correr e eu tinha de ir atrás senão era apanhada.
Bom é saber que ao fim de tantos anos e de vidas tão diferentes, tudo se mantém igual. A amizade é mesmo assim, não se cobra a ausência, está-se quando é preciso e pronto.
E é a prova de que a vida dá muitas voltas. Ficou a promessa e a vontade de repetir o serão.

1 comentário:

Anónimo disse...

É óptimo rever amigos de longa data, mas é preciso não esquecer de fazer novos todos os dias ;)