segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Meditar!


Ouço muita gente dizer que não consegue meditar: "não consigo parar de pensar, fico inquieto...simplesmente não consigo"... Claro que consegues, desde que queiras. O objectivo da meditação é aquietar a mente, devolver-lhe o silêncio e é a partir deste estado que pequenos milagres acontecem:

-Treinar a atenção
-Fortalecer o poder de Concentração e Memória
-Melhorar o Rendimento de Tarefas
-Obter Paz / Equilíbrio Interior
-Resolver Problemas de forma Serena, Amorosa e Sábia
-Recuperação rápida de situações de tensão
-Proporcionar ao corpo um Repouso Profundo, com Mente Alerta
-Melhorar o funcionamento de Sistema Imunitário
-Aumentar a Capacidade de se Relacionar com Empatia
-Despertar Plena Consciência (equilíbrio de pensamentos / sensações)
-Sincronizar Ondas Cerebrais
-Despertar a Percepção para os Grandes Valores Humanos e Espirituais

A Prática:

Meditar pode ser: sentar-se sossegado num lugar do seu agrado, em casa ou no meio da natureza, deitar-se à sombra de uma árvore e deixar os pensamentos fluírem, dar um passeio a pé de forma lenta, progressiva e cadenciada, ou sentar-se na posição de “lotus” que favorece a meditação.

Meditar acaba por ser o estado de espírito que se obtém quando se consegue concentrar a mente num ponto vazio ou num único pensamento simples como, por exemplo, a palavra PAZ, ou AMOR ou o mantra OM – todas estas palavras simples são mantras que favorecem a concentração.

Sobretudo, não tente reflectir, analisar ou compreender. Limite-se a sentir, deixando a sua intuição fluir. E seja gentil consigo mesmo.

Evite meditar deitado, corre o risco de adormecer.

Seja qual for o lugar escolhido, sente-se de forma confortável, com as costas direitas e o rosto ligeiramente descaído para baixo.

Coloque as mãos sobre os joelhos, viradas para cima ou para baixo, ou então cruze-as sob o umbigo (com as mãos em concha, a direita dentro da esquerda e os dois polegares tocando-se). Se meditar sozinho deve cruzar também os pés (o direito por cima do esquerdo) para concentrar a energia. Se meditar acompanhado ou em grupo, deve colocar os pés paralelos e bem assentes no chão, para que a energia flua.
Feche os olhos e faça alguns exercícios respiratórios para relaxar: inspire lenta e profundamente (pelo nariz), sinta o peito cheio de ar, retenha alguns segundos e expire lentamente pela boca. Faça esta respiração durante uns minutos. Também pode entoar o mantra OM 3 vezes.

Relaxe todo o seu corpo físico, sentindo-se seguro no sítio em que está sentado e ligado à terra. Verifique se existem tensões em alguma parte do seu corpo – tome o seu tempo, inspire profundamente levando essa inspiração ao local em tensão e liberte-a ao expirar lentamente pela boca.

Imagine um sol dourado e brilhante no centro do seu coração. Pouco a pouco, imagine que essa energia dourada e brilhante se expande preenchendo todas as células do seu corpo e que, continuando a expandir-se, o envolve exteriormente num campo de luz branca/dourada muito brilhante. Visualize essa luz brilhante durante alguns minutos e relaxe....

Relaxe o corpo físico..., relaxe o corpo emocional..., e relaxe o corpo mental...
Quando atingir um estado de serenidade, centre-se num dos mantras, ou centre-se no centro do seu Ser (Coração), observe os pensamentos passarem, sem se prender a nenhum deles e oiça o seu interior.

Pode também optar para se concentrar apenas na respiração. Conte 10 inspirações, depois 10 expirações, vá alternando, e sempre de forma lenta, calma e sem esforço. Quando se começa a praticar meditação, este exercício é muito útil e eficaz.
Para finalizar, antes de abrir os olhos entoe o mantra OM 3 vezes.

Medite durante, pelo menos, 20 minutos. Os períodos do dia mais indicados para meditar são de manhã cedo (6h00/7h00), e ao fim da tarde. O que não significa que não possa fazer uma meditação sempre que lhe apeteça ou que sinta necessidade disso.

E lembre-se que a energia segue o pensamento...

Resumindo , podemos dividir a prática da meditação em quatro etapas diferentes, tendo sempre presente que, sejam quais forem as regras ou os tipos de meditação, a meditação é sempre uma experiência única e individual.

Atenção : Libertar a mente das tendências exteriores e focar a atenção no interior. Olhar para dentro. Encontrar a posição adequada, manter a coluna bem direita, o olhar a 30º do chão, as mãos sobre as ancas ou joelhos. Respirar lenta e profundamente. Os olhos podem ficar fechados ou semi abertos.

Concentração: Encontrar um ponto de concentração: quadro, vela, som, oração, mantra. Quando as sensações, os pensamentos e as emoções aparecem, não se fixar neles, deixá-los chegar e partir e, gentilmente, trazer de novo à mente o ponto de concentração. O ponto de concentração pode ser mantido ou alterado.

Absorção: Praticar diariamente. De preferência, duas vezes por dia durante, pelo menos, vinte minutos, se possível. Ser regular na prática, pois assim ela vai-se aperfeiçoando. Ser perseverante. Com a continuação, começamos a sentir-nos abençoados, alegres e em paz. No entanto, a meditação não é sempre alegria ou paz: estar consciente de que todos os pensamentos, sentimentos e sensações, positivos ou negativos, podem aparecer. Não se preocupar, não os rejeitar nem ficar incomodado, tomar conhecimento e deixar ir.... ser uma testemunha dos pensamentos e sentimentos durante a meditação e em outras alturas. Não se agarrar a eles – você não é aquilo que sente nem aquilo que pensa!

União: Quem sou eu? Porque estou aqui? O que é real aparece revelado: conheça a verdade e a verdade libertá-lo-á quando os pensamentos e a respiração cessarem por eles próprios – nessa altura, a verdade aparecerá como um brilho, uma forte intuição. Ela sempre esteve lá, escondida pelo véu dos seus pensamentos, sentimentos, sensações, condicionamentos, conceitos, crenças e opiniões. O véu foi removido!
E, quando chegamos a este ponto de união, toda a nossa vida é meditação.

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